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يُرجى مراجعة التفاصيل أدناه للحصول على معلومات التسجيل إذا كانت متوفرة أو الاتصال بمنظم الحوار إذا كنت ترغب في الحضور.
القيّم
الوصف
[ADIADO]
Após chegar ao nosso conhecimento que diversos movimentos sociais, principalmente relacionados diretamente aos sistemas alimentares, se posicionaram contra a participação no comitê, decidimos rever a nossa participação.
O principal motivo foi levantado pela nossa convidada, que seria a representante da juventude do MST e que por decisão coletiva do movimento, cancelou sua participação no evento.
Assim, a organização desse diálogo independente decidiu adiar a realização do evento para que possamos reavaliar as possibilidades e as questões que foram levantadas pelos atores envolvidos diretamente nas ações sociais do campo.
Cabe aqui ressaltar que a intenção do diálogo que estamos organizando é de que também seja local de crítica e reflexões em relação as entidades que impactam nos sistemas alimentares.
Nós da organização estamos em discussão para realização de um evento que compactue com o que defendemos de forma consciente, ética e política. Vamos nos reunir e pensar em qual a melhor opção para representar e contribuir para elaboração de um sistema alimentar socialmente e ecologicamente justo.
Assim que decidirmos sobre uma nova data ou o cancelamento, avisaremos a todos os interessados e inscritos por e-mail.
Agradecemos imensamente a disponibilidade de cada pessoa e instituição inscrita.
Pedimos desculpas caso tenhamos causado algum inconveniente.
Obrigada,
Abraços,
Assinado: Ana, Leticia, Sandrine e Thainara
Caso queiram se aprofundar sobre o que foi levantado, recomendamos:
https://www.youtube.com/watch?v=sFlp4b-WABU&t=2767s
Carta oficial: http://www.csm4cfs.org/wp-content/uploads/2020/03/EN_CSO-Letter-to-UNSG-on-UN-food-systems-summit.pdf
http://www.csm4cfs.org/letter-csm-coordination-committee-cfs-chair/
É tarde, mas ainda há tempo: juventudes rurais brasileiras e olhares para o futuro
A agricultura familiar é responsável por alimentar a população brasileira. Segundo dados da FAO, 75% dos alimentos consumidos no país provêm da agricultura familiar. No entanto, a agroindústria de larga escala sistematicamente recebe incentivos e benefícios para seu desenvolvimento, por ser uma das principais contribuintes para a economia do país. Apesar do reconhecimento internacional do Brasil por suas exportações, especialmente de soja, derivados da cana de açúcar, milho, carne bovina e de aves, esta indústria degrada, desertifica e desmata os biomas do país, além de contribuir para a instabilidade social de comunidades locais e para o acirramento das disputas por terra.
Apesar da grande importância da agricultura familiar no mercado nacional, reafirma-se a precarização das condições de vida no campo, um cenário que carece de infraestrutura, segurança, bem-estar e de atenção às demandas e necessidades específicas. As questões de permanência no campo estão diretamente relacionadas à provisão e manutenção do sistema de produção de alimentos no Brasil, especialmente quando se fala em produções resilientes, biodiversas e aliadas à conservação dos recursos naturais. Quem sustenta a segurança alimentar do país são famílias dotadas de conhecimentos ancestrais e que, mesmo em cenários adversos, permanecem, se reinventam e resistem.
Neste sentido, traremos à tona perspectivas dos jovens no campo sobre o futuro, investigando atores e condições que influenciam na dinâmica de permanência ou êxodo desses jovens do cenário rural, entendendo tal questão como de natureza interseccional. Sendo assim, este diálogo busca compreender caminhos para superar as barreiras que nos separam dos sistemas alimentares que sonhamos, discutir as dinâmicas da juventude do campo e mapear os principais desafios e oportunidades para esta caminhada.
Discutiremos temas como: a falta de conhecimento sobre quem é a juventude campesina; infraestrutura; políticas públicas; conexão cidade-campo; acesso à cultura; risco de vida e desvalorização do trabalho; mudança de cultura sobre a possibilidade de vida no campo e a agroecologia como uma ferramenta de incentivo para a permanência no campo. Com isso, pretendemos trazer luz não só aos desafios, mas também às inúmeras iniciativas de grande impacto que vêm sendo desenvolvidas no território hoje e, colaborativamente, traçar perspectivas e sonhos de futuro.
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[EN]
It’s late, but there’s still time: Brazilian rural youth and visions to the future
Family farming is responsible for feeding the Brazilian population. According to FAO, 75% of the food consumed in the country comes from family farming. However, large-scale agribusiness systematically receives incentives and benefits for its development, as it is one of the main contributors to the country’s economy. Despite Brazil’s international recognition for its commodities, especially soy, sugar cane, corn, beef and poultry, this industry degrades, desertifies and deforestes the country’s biomes, in addition to contributing to the social instability of local communities and for the intensification of disputes over land.
Despite the great importance of family farming in the national market, the precarious conditions of life in the countryside are reaffirmed, a scenario that lacks infrastructure, security, well-being and attention to specific demands and needs. The issues of permanence in the field are directly related to the provision and maintenance of the food production system in Brazil, especially when talking about resilient, biodiverse production and allied to the conservation of natural resources. Those who support the country’s food security are families endowed with ancestral knowledge and who, even in adverse scenarios, remain, reinvent themselves and resist.
In this sense, we will bring out the perspectives of young people in the field about the future, investigating actors and conditions that influence the dynamics of permanence or exodus of these young people from the rural scenario, understanding this issue as of an intersectional nature. Therefore, this dialogue seeks to understand ways to overcome the barriers that separate us from the food systems we dream of, discuss the dynamics of rural youth and map the main challenges and opportunities for this journey.
We will discuss topics such as: the lack of knowledge about who the peasant youth is; infrastructure; public policy; city-country connection; access to culture; life risk and devaluation of work; culture change on the possibility of life in the countryside and agroecology as an incentive tool for staying in the countryside. With this, we intend to bring light not only to the challenges, but also to the countless high impact initiatives that are being developed in the territory today and, collaboratively, to draw perspectives and dreams of the future.